Resumen:
Doenças cardiovasculares (DCV), como doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, cardiomiopatia e miocardite, figuram entre as principais causas de óbito no Brasil e no mundo (Bazílio et al., 2021; SBC, 2020). Segundo o relatório mais recente sobre a "Carga Global de Doenças e Fatores de Risco Cardiovasculares", divulgado em dezembro de 2023 no Journal of the American College of Cardiology, cerca de 400 mil brasileiros perderam suas vidas devido a um conjunto de 18 doenças cardiovasculares em 2022 (Mensah et al., 2023a). No mundo, as mortes atribuídas a doenças cardiovasculares aumentaram em uma taxa ligeiramente menor, 39,4%, atingindo 19,8 milhões em 2022 em comparação com 12,4 milhões em 1990, durante um período em que a população mundial cresceu 51% (Mensah et. al., 2023a). Duas condições responderam, sozinhas, pela grande maioria (76%) dos óbitos em 2022 na América Latina Tropical: o infarto do miocárdio e as diferentes formas de acidente vascular cerebral (AVC). Foram 170,5 mil óbitos pelo distúrbio cardíaco e 138,4 mil por AVC (Mensah et. al., 2023b). Um dos principais riscos para o desenvolvimento das DCV é a hipertensão arterial sistêmica (HAS). A HAS representa um dos mais importantes desafios em termos da saúde pública no país e do mundo.