Resumen:
A noz-pecã é uma oleaginosa conhecida pelo seu elevado teor de ácidos graxos polinsaturados e vitamina E. No Brasil, destaca-se o cultivo e processamento desta
espécie no Rio Grande do Sul, evidenciando a necessidade de aprimorar o conhecimento
sobre sua composição. Este estudo teve como objetivo avaliar as características físicoquímicas, perfil de ácidos graxos e compostos bioativos de diferentes cultivares de nozpecã, além de analisar a extração do óleo por prensagem a frio e sua estabilidade
oxidativa com e sem a adição de antioxidantes. Foram coletadas amostras de frutos de
sete cultivares, que foram submetidas a análises de coloração, composição centesimal,
acidez, índice de peróxidos, coeficiente de extração específica, além da composição de
ácidos graxos, tocoferóis e compostos fenólicos. Os resultados destacaram a cultivar
Elliot por seu alto teor lipídico de 74,66%. Por outro lado, a cultivar Shawnee mostrou-se
mais suscetível à oxidação, apresentando elevados índices de acidez e peróxidos. Elliot
também se destacou pelo maior teor de gama-tocoferol, enquanto a cultivar Success
apresentou o maior teor de delta-tocoferol. As cultivares Shawnee, Elliot e Mohawk
exibiram maior quantidade de ácido graxo saturado, monoinsaturado e poliinsaturado,
respectivamente. Apesar das variações no perfil de ácidos graxos entre as cultivares, os
ácidos graxos insaturados predominaram, sugerindo melhor qualidade nutricional,
embora com maior potencial de oxidação. Amostras de óleo foram obtidas a partir de um
blend de nozes-pecã por prensagem a frio e armazenadas com e sem tocoferol. Análises
físico-químicas ao longo de oito meses revelaram predominância dos ácidos graxos oleico e linoleico. Esses resultados fornecem subsídios importantes para o
estabelecimento de padrões de qualidade e aprimoramento de processos de produção
na agroindústria brasileira deste produto promissor.