Resumen:
O mercado de plano de saúde no Brasil tem passado por muitas transformações desde a criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 28 de janeiro de 2000. Pode-se observar, após isso, movimentos de concentração e interiorização de operadores de planos de saúde, não simultâneos. Este trabalho tem o objetivo de analisar a conduta competitiva das firmas em relação aos movimentos de entrada das operadoras de planos de saúde no interior do Brasil no período de 2014 a 2021. Para consecução deste objetivo foi feita a estimação de um modelo empírico de entrada seguindo Bresnahan e Reiss (1991b). Os resultados apontam que as operadoras de planos de saúde adotam uma estratégia do tipo me too, uma vez que a entrada de uma operadora envia um sinal positivo para entrada de outras. Os ganhos pela descoberta do novo mercado, pela primeira entrante, vão se dissipando com o tempo e o mercado se equilibra por volta da décima segunda entrante. Percebeu-se também que a conduta competitiva das firmas não apresenta grandes alterações no período de 2014 a 2021. Além disso, a partir dos dados, pode se dizer que quanto maior o percentual de pessoal ocupado assalariado, maior a população, maior o PIB per capita e maior o percentual de pessoas com 60 anos ou mais, maior será a probabilidade de se ter mais operadoras de planos de saúde em um determinado mercado.