Resumen:
O presente estudo dedica-se a avaliar empiricamente a relação da volatilidade cambial
R$/US$ com o volume financeiro das exportações brasileiras mensais, categorizadas por intensidade tecnológica, no período de 2002 a 2022, utilizando como abordagem
metodológica um SVAR. A hipótese defendida, baseada na perspectiva teórica
inicialmente proposta por Clark (1973), é de que incrementos na volatilidade são capazes de gerar um efeito negativo sobre as exportações, devido à aversão ao risco por parte das firmas exportadoras. A volatilidade cambial é modelada a partir do método GARCH, e as variáveis de exportação são construídas com base nas exportações categorizadas por intensidade tecnológica, utilizando a tipologia de Lall e o detalhamento SH2. Os resultados da estimação não mostraram significância estatística entre a volatilidade cambial e as exportações, tanto para o caso do câmbio nominal quanto para o real. Portanto, as funções de impulso-resposta não indicam uma relação direta entre a volatilidade cambial e as exportações brasileiras mensais por intensidade tecnológica, indicando a necessidade de novos estudos.