Resumen:
Os recursos humanos têm sua relevância no desenvolvimento social e econômico em qualquer entidade, país e território do mundo, sendo os ativos mais essenciais do sucesso de uma organização. Estudos tem revelado a importância da Gestão de Recursos Humanos (GRH) para o desempenho dos hospitais, mas não foram encontradas pesquisas das Práticas de Gestão de Recursos Humanos (PGRH) como determinantes da Eficiência Técnica (TE). Sendo assim, diante desse gap, o objetivo dessa tese é analisar as PGRH como determinantes para TE em hospitais. Dados primários e secundários foram utilizados para atingir os objetivos. Os dados primários obtidos por meio da aplicação de questionário a 57 hospitais públicos do Estado do Rio Grande do Norte, que atendam integralmente ao Sistema Único de Saúde (SUS), para identificar as PGRH. Dados secundários obtidos do DATASUS, CNES e bases de pesquisa para Revisão Sistemática de Literatura (RSL) sobre PGRH, TE e determinantes em hospitais. Para o cálculo da TE foi utilizado o DEA e modelo final construído por VRS. Primeiramente, 52 PGRH foram identificadas na literatura, tendo os subsistemas de manutenção de pessoas e as práticas de treinamento e desenvolvimento e avaliação de desempenho como as mais citadas. Estas PGRH serviram de base para o desenvolvimento de um questionário que, em seguida, foi aplicado aos hospitais. A caracterização dos 57 hospitais foi a seguinte: pequeno porte (64,91%), hospitais gerais (87,72%), municipais (64,31%) e de média complexidade (66,67%); 68,4% utilizam alguma PGRH e em 51,3% há um departamento específico para desenvolvê-las. Para calcular a TE destes hospitais, variáveis de inputs e outputs foram identificadas na literatura e seus dados coletados (DATASUS, CNES). Um total de 17 hospitais (32,07%) foram classificados como eficientes, destaque para regional Vale do Açu (75% sendo 100% eficiente) e a média da TE dos hospitais que utilizam a maioria das PGRH, apresentaram resultados superiores. No que tange a significância estatística, as variáveis proporção de médicos por equipe total, quantidade de leitos por equipe, nível de complexidade e recompensas, incentivos e benefícios foram determinantes para eficiência técnica hospitalar. Os demais não apesentarem significância, como exemplo, os positivos: possuir práticas de GRH e treinamentos técnicos e os negativos:Avaliação de Desempenho e Indicadores de Recursos Humanos. Diante disso, percebe-se que a utilização de práticas de gestão de recursos humanos para este estudo, de forma geral, foi contributiva para eficiência técnica hospitalar, especificamente no RIB que os hospitais que a utilizam tem em média TE 20% maior.