Resumo:
Este trabalho é um aprofundamento teórico sobre a imagem de superexposição no cinema sobre um prisma do método intuitivo. Com análise de 48 filmes, dos quais 18 compuseram amostragem final, inicia metodologicamente da flanerie em movimento de enquadramento do objeto empírico nos filmes (BENJAMIN, 2009). Deste modo, o empírico pautável é aberto, a imagem técnica de superexposição de cinema, proporcionou ser feito a cartografia e realizada dissecações nos diferentes filmes. Dos achados na dissecação, foi proposto um mapeamento de incidências de imagens de superexposição, analisadas e organizadas conforme seus sentidos coalescentes se faziam depreendidos. Distinguindo de meras ocorrências desmedidas, procedimentos de identificação e confirmação das incidências de superexposição significável nas imagens foram desenvolvidos e postos em prova, resultando em constante tensionamento do conceito da desimagem. A imagem de superexposição está enquadrada inicialmente por uma Tríade Identitária, que são procedimentos técnometodológicos desenvolvidos especialmente na pesquisa. A materialidade destas ocorrências foram uma evidência desimagem, e se apresentaram em uma dimensão de existência deste conceito, desimagem, como aquilo de imagético que busca sua nulidade, a caminho tecnicamente da superexposição plena. A pesquisa trabalha com o conceito de a imagem técnica de superexposição acabar por afirmar sua eloquência imagética, se permitindo perdurar em sentidos e ser significável. Os construtos depreendidos então foram arranjados por constelações relativas de verossimilhança e lógica física, construtos não realísticos e oníricos, construtos de lógica narrativa e de montagem, e dentro desta dialética de montagem mais um grupamento por eloquência de elipses.