Abstract:
A cada ano, cerca de 32 milhões de indivíduos sofrem de eventos cardiovasculares, conforme os dados da Organização Mundial da Saúde (WHO, 2005). Os dados também revelam que as doenças cardiovasculares foram responsáveis por 17,5 milhões de mortes em todo o mundo, o que representaria cerca de 30% de todos os óbitos. Boa parte dessas mortes (80%) ocorreram em países em desenvolvimento e estimasse que aproximadamente 20 milhões de pessoas morrerão em 2015 por doenças cardiovasculares (WHO, 2005). No Brasil as doenças do aparelho circulatório são a principal causa de morte, em todas as regiões a partir dos 45 anos, seguido pelas neoplasias e das causas externas (DATASUS, 2010). A síndrome metabólica é um transtorno complexo, caracterizado por um agrupamento de fatores de risco cardiovasculares, relacionados com resistência a ação da insulina, obesidade central, dislipidemias, pressão arterial alterada e alto índice de massa corporal. De acordo com I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, esse transtorno aumenta a mortalidade geral em cerca de 1,5 vezes e a cardiovascular em cerca de 2,5 vezes (I-DBSM, 2004). Os componentes individuais da síndrome metabólica são fatores de risco independentes para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Os critérios para o diagnósticos da síndrome metabólica são baseadas no princípio de que estes componentes podem agir de maneira sinérgica ou aditiva amplificando o risco.
O presente trabalho faz parte de um estudo de coorte que visa estudar a ocorrência de síndrome metabólica e de cada um de seus componentes em pacientes com 30 anos ou mais, de ambos os sexos, internados por doenças cardiovascular no Instituto de Medicina Vascular do Hospital Mãe de Deus de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul.