Resumen:
A era tecnológica em que vivemos tem mudado cada vez mais a forma com que nos relacionamos uns com os outros, como vivemos em sociedade e como nos comunicamos. Por outro lado, na educação há resistência, despreparo, além de falta de investimentos em formação de professores (inicial e continuada), para que os professores se apropriem das tecnologias digitais e aprendam a trabalhar COM elas. Com isso em mente, nos perguntamos: Como as tecnobiografias (enquanto uma Digital Storytelling) podem servir de potencializadoras da agência do professor em formação enquanto desenvolvem seus multiletramentos? Para responder a esta pergunta estabelecemos um objetivo geral: a) compreender como o trabalho com as tecnobiografias proporciona o desenvolvimento de multiletramentos. Definimos também os seguintes objetivos específicos: 1) identificar como os professores em formação se constroem como agentes de mudança em suas próprias práticas; 2) analisar as formas pelas quais os alunos/professores constroem seus significados em produções multimodais. Em termos metodológicos, esta pesquisa é qualitativo-interpretativista, de cunho etnográfico, e os dados aqui analisados foram gerados a partir das contribuições de alunos participantes de uma disciplina da graduação em Letras em uma universidade comunitária do sul do país que tratou sobre os estudos de letramento. Analisamos três tecnobiografias produzidas pelos alunos/professores de acordo com a Transpositional Grammar (COPE; KALANTZIS, 2021) e a Pedagogia do Design (KALANTZIS, COPE E PINHEIRO, 2020), e os diários escritos após a produção. Com base nas análises, é possível ver que o processo de construção de significado é complexo, e a experiência de trabalho COM as tecnologias proporciona o desenvolvimento da agência do professor, e outros letramentos necessários ao século XXI.