Resumen:
A presente tese busca demonstrar como ocorreu a formação da Força Pública na província de Mato Grosso, processo iniciado em 1831 e que se estendeu por todo o Período Imperial. A Força Pública participou dos principais eventos locais, modificando as relações sociais existentes e também por elas sofrendo alterações. Gerenciada pelas elites que perseguiam uma suposta civilidade e urbanidade no período em questão, mas apesar destes aspectos serem desejados, de fato pouco se obteve na sociedade mato-grossense. As instituições de força foram as principais responsáveis por conduzir à desejada civilidade, entretanto, como as mesmas eram pouco efetivas, acabavam por realizar tarefas mais ligadas à fiscalização e à coerção da população local. Outro ponto importante é que na província a sociedade era composta por classes sociais bem distintas e antagônicas, destacando-se principalmente negros e escravizados que eram vistos como ameaça, mas que, na verdade, eram essenciais para o funcionamento das atividades econômicas locais. Este trabalho, além de remontar os fatos que envolveram a formação da Força Pública na província, à medida que as instituições vão se consolidando, busca um olhar mais específico para os corpos que exerciam a função de polícia, tratando do aspecto do cotidiano das forças. Para se analisar a Força Pública em Mato Grosso é inevitável adentrar nos acontecimentos da Guerra com o Paraguai, este que seria o principal evento na província durante o século XIX. Remontando os acontecimentos anteriores à guerra, passa-se a entender que as instituições de força na província eram problemáticas, o que seria o principal fator para a devastação do sul de Mato Grosso na invasão estrangeira. E por fim, demonstra-se como no pós-guerra ocorreriam mudanças significativas no Corpo de Polícia, estas que iriam permanecer até o fim do Período Imperial.A presente tese busca demonstrar como ocorreu a formação da Força Pública na província de Mato Grosso, processo iniciado em 1831 e que se estendeu por todo o Período Imperial. A Força Pública participou dos principais eventos locais, modificando as relações sociais existentes e também por elas sofrendo alterações. Gerenciada pelas elites que perseguiam uma suposta civilidade e urbanidade no período em questão, mas apesar destes aspectos serem desejados, de fato pouco se obteve na sociedade mato-grossense. As instituições de força foram as principais responsáveis por conduzir à desejada civilidade, entretanto, como as mesmas eram pouco efetivas, acabavam por realizar tarefas mais ligadas à fiscalização e à coerção da população local. Outro ponto importante é que na província a sociedade era composta por classes sociais bem distintas e antagônicas, destacando-se principalmente negros e escravizados que eram vistos como ameaça, mas que, na verdade, eram essenciais para o funcionamento das atividades econômicas locais. Este trabalho, além de remontar os fatos que envolveram a formação da Força Pública na província, à medida que as instituições vão se consolidando, busca um olhar mais específico para os corpos que exerciam a função de polícia, tratando do aspecto do cotidiano das forças. Para se analisar a Força Pública em Mato Grosso é inevitável adentrar nos acontecimentos da Guerra com o Paraguai, este que seria o principal evento na província durante o século XIX. Remontando os acontecimentos anteriores à guerra, passa-se a entender que as instituições de força na província eram problemáticas, o que seria o principal fator para a devastação do sul de Mato Grosso na invasão estrangeira. E por fim, demonstra-se como no pós-guerra ocorreriam mudanças significativas no Corpo de Polícia, estas que iriam permanecer até o fim do Período Imperial.