Resumo:
O processo de obtenção de acessos venosos periféricos é uma das atividades mais presentes no cotidiano dos enfermeiros que atuam em ambiente hospitalar. A técnica de obtenção de acesso venoso periférico, guiado por ultrassom, vem sendo instituída baseada nas experiências da passagem de cateteres centrais, mostrando seus benefícios na obtenção deste acesso periférico em pacientes considerados de difícil acesso venoso. OBJETIVO: Elaborar um protocolo assistencial de enfermagem para punção de acesso venoso periférico com cateter curto orientado por ultrassom por meio de uma revisão sistemática. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de estudo exploratório, realizado em bases de dados através dos descritores obtidos no MeSH/Decs: Catheterization peripheral; Ultrasonic; Vascular Access; Vascular access device. A sistematização das informações obedeceu à metodologia PICO (Paciente, Intervenção, Comparação e Outcomes) compreendendo artigos escritos em inglês ou português, a partir de 2004 e classificados conforme o sistema de classificação de Nível de Evidência do Oxford Center for Evidence Based Medicine e o grau de recomendação e o nível de evidência no enfoque tratamento, prevenção, etiologia e diagnóstico, do Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation – GRADE. Todos os direitos autorais foram preservados. RESULTADOS: A busca metodológica resultou em 2.641.799 artigos. Destes 881.899 da BVS/LILACS, 5.333 da COCHRANE, 103.212 do ProQuest Enfermagem, 1.656.155 do PUBMED/MEDLINE. Após o uso dos operadores boleanos, a leitura do título, resumos e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, resultaram 24 artigos. A construção do protocolo seguiu as recomendações apontadas pelas diretrizes metodológicas Canadian Coordinating Office for Health Technology Assesment (2003); National Institute for Clinical Excellence (2004); Danish Center for Evaluation and Health Technology Assesment (2005) e Cameron et al. (2008). CONCLUSÃO: O uso da ultrassonografia para guiar a punção do acesso venoso assegura a visualização precisa do vaso, a visualização da progressão da agulha, diminui o número de tentativas de punção, melhora das taxas de sucesso de inserção do dispositivo de punção, minimiza as complicações relacionadas a erros de punção e diminui o tempo de inserção, garantindo maior economia. A padronização do procedimento de punção venosa, por meio de um protocolo e de programa de capacitação que desenvolva as habilidades específicas à utilização dos equipamentos de, auxilia o enfermeiro a realizar a correta indicação do uso do recurso.